“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

terça-feira, 17 de julho de 2018

Barcelona, Espanha - Grécia e Romênia 2018

Em 2005 estivemos em Barcelona por 4 dias e vimos a maior parte dos seus pontos turísticos, agora seria 1 dia e meio e queríamos ver lugares diferentes. Começamos por escolher um hotel próximo à Praça Catalunha e Ramblas, praticamente no Bairro Gótico, assim no dia que chegamos percorremos as ruas deste bairro. Nossa primeira parada foi na imensa Catedral cuja construção começou no séc. XIII sobre uma igreja românica. Fica numa grande praça e é difícil fotografá-la por inteiro.




Em uma de suas pontas sua construção se mistura à de um aqueduto e uma porta romana já que Barcelona começou como Barcino, uma antiga cidade romana.




Saindo da agitação ao redor da Catedral encontra-se uma pequena praça com uma grande história, é a Praça Sant Felip Neri onde há uma fonte e uma igreja na qual se veem marcas nas paredes de estilhaços de bombas.




O ataque aconteceu em janeiro de 1.938 durante a Guerra Civil Espanhola por aviões nazistas que apoiavam os Nacionalistas e Barcelona, por ser um reduto Republicano, sofreu vários bombardeios. Na época havia um colégio na praça e os bombardeios mataram 42 pessoas, a maioria crianças.

Voltamos para perto da Catedral e chegamos na Praça Sant Jaume onde ficam a Prefeitura da Cidade e o Palau de la Generalitat, sede do governo da Catalunha.

Ajuntament de Barcelona

Palau de la Generalitat
Daqui uma estreita rua nos leva ao Templo Romano de Augusto.


No caminho lindos detalhes.




Depois fomos passear pelas Ramblas


e curtir o ambiente do mercado La Boqueria que além dos famosos embutidos espanhóis expõe muitas frutas e sucos, um festival de cores.



Retornando ao hotel um prédio nos chamou atenção


ao lado do Petit Palau está o deslumbrante Palácio da Música.




No dia seguinte fizemos uma programação maior e utilizamos o metrô, ao lado do hotel ficava uma das estações; compramos um bilhete diário pois seriam vários trechos.


Inicialmente fomos conhecer a Fortaleza de Montjuic, descemos na estação Paral-lel, daqui sai um ônibus (incluso no valor do bilhete) que nos levou até o funicular.



Montjuic é o nome do morro onde fica a fortaleza, seu nome vem de Monte dos Judeus já que aqui se encontrava um cemitério judeu. A primeira construção aqui foi um farol em 1.073. Posteriormente durante a Revolta Catalã foi construído um pequeno forte (1.640) onde tropas catalãs combateram 26.000 soldados espanhóis e venceram. Passou então ao domínio do rei francês Luís XIII mas mesmo assim não resistiu aos ataques espanhóis e foi recapturada em 1.652. Durante a Guerra dos Nove Anos (1.688 - 97) foi totalmente fortificada e passou por vários combates mudando de mãos várias vezes, em algumas situações foi usada para atacar a população da própria cidade. Em 1.751 foi destruída e a nova construção é a que se vê atualmente no formato estrela.Também é conhecida como "castelo maldito" já que foi utilizada como prisão de revoltados políticos, muitos foram aqui executados, inclusive o Presidente da Catalunha foi aqui executado no final da Guerra Civil.

Hoje é um museu que conta a sua história além de oferecer lindas vistas da cidade e do porto.













A visita ao interior é paga, passa-se por várias salas com fotos, vídeos e relatos que contam a sua história. No centro um grande pátio e vistas da cidade.







Daqui avistamos nosso próximo destino, o Museu Nacional de Arte da Catalunha
























e a arena da Praça da Espanha, hoje um shopping.



Fizemos o caminho a pé passando por um lindo jardim



até chegarmos ao museu, uma bela caminhada.



O museu é grande e encanta com suas torres azuis mas o melhor é a vista: praça das cascatas, fonte mágica e torres venezianas até chegar à Praça da Espanha com sua bela arena, puro encantamento..



Descendo em direção à praça pudemos ver tudo isso em detalhes.




















Na arena subimos por um elevador panorâmico que pára no último andar onde a praça pode ser admirada como um todo.







Sem dúvida um dos lugares mais bonitos da cidade.

Daqui seguimos pelo metrô para conhecer o Arco do Triunfo espanhol que, diferente do francês, não comemora nenhuma vitória, foi construído como porta de entrada da Exposição de 1.888. Hoje é a porta de entrada do Parque da Ciutadella, uma grande área verde muito frequentada pelos moradores da cidade. Aqui foi construída no séc. XVIII uma fortaleza pelo Rei Felipe V mas após 150 anos a área foi devolvida ao povo passando a ser um parque.





O arco é muito bonito e bem decorado



e dele sai uma grande avenida para pedestres que leva ao parque.



Por fim fomos dar uma passadinha na incrível Sagrada Família, na viagem anterior fomos até o topo; mas foi muito triste vê-la toda cercada por grades, infelizmente uma necessidade dos tempos atuais.


Barcelona sempre vale um retorno, cidade maravilhosa...



















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