“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

domingo, 18 de dezembro de 2011

Palermo a Érice - Itália 2010



A Sicília é uma ilha que sofreu várias invasões e por isso apresenta uma grande diversidade cultural. Nos séculos VI e V aC era a Magna Grécia, no século III aC foi comandada pelos romanos, depois vieram os vândalos, os ostrogodos e os bizantinos. Conhecemos boa parte da ilha em 6 dias mas creio que o ideal  é de 8 a 10 dias. Preferimos não estabelecer uma base visto que a ilha é grande. Chegamos pelo porto de Palermo e saimos pelo aeroporto de Catânia. Este talvez seja o destino turístico que mais nos surpreendeu pela variedade de atrações, pela culinária e pelo povo. Adoramos e pensamos em voltar.
  • Palermo: chegamos bem cedinho no porto e em menos de 30 minutos já estávamos com nosso carro. Por ser uma cidade grande já havíamos escolhido o que ver e pretendíamos ficar pouco tempo por lá. A nossa primeira escolha foi o Duomo e, mesmo com  GPS foi difícil encontrá-lo pois as ruas são muito estreitas e sinuosas e era horário de entrada dos alunos nas escolas. Depois de algumas tentativas e já com certo nervosismo o encontramos, a linda igreja passa de uma rua para outra e nos brindou com um arco-íris belíssimo. Seu interior não nos impressionou muito mas foi altamente compensado pelo exterior.
estilos diversos no exterior da catedral
lindo arco-íris
fachada

Nossa próxima parada era nas Catacumbas Cappucini, um cemitério entre 1599 e 1881 que por condições ideais preserva os corpos, porém ainda não estava aberto e, para alegria do meu marido que não estava muito feliz com a idéia de ver as múmias, seguimos em frente.
  • Monreale: saindo de Palermo fomos ao encontro de um dos pontos altos da ilha, a Catedral de Monreale. Esta foi construida em 1172 pelo Rei Guilherme II e doada a um mosteiro beniditino. Diz a lenda que Guilherme adormecido sonhou com a Virgem Maria que lhe dizia que ali havia um tesouro que deveria ser usado para a construção de um templo em sua homenagem, assim foi feito e Guilherme chamou mestres venezianos, árabes e bizantinos para decorar o interior da igreja em mosaicos.
A iluminação da igreja ainda estava desligada quando entramos e seu esplendor nos chocou ainda mais quando as luzes foram acesas. Gosto muito da imagem do Cristo bizantino, sempre iluminado e sem sofrimento e o Cristo que existe no altar desta igreja é belíssimo, colocado numa posição que ilumina e alcança a todos.Seu interior possui cerca de 6500 m2 de mosaicos brilhantes.
pórtico do séc. XVIII ladeado por duas torres, fachada principal
detalhe das portas de bronze com cenas bíblicas
Localiza-se numa linda área de onde se avista a cidade de Palermo. Seu exterior é bem simples com exceção das absides bem decoradas.

absides decoradas
maravilhoso interior em mosaicos

detalhe do piso da igreja
Nossa próxima parada era a cidade de Corleone. Mesmo falando ao meu marido, que o filme "O Poderoso Chefão" não havia sido filmado lá, ele fez questão de passar por ela. Passamos pelo centro da ilha, lagos e montanhas, muito bonito.
Corleone é uma cidade bonitinha mas não há nenhuma referência ao filme e nem a Máfia.
a caminho de Corleone
  • Segesta: nosso primeiro templo grego na ilha. Este foi difícil de encontrar, passamos até por uma cidadezinha totalmente abandonada mas valeu o suspense. Il Tempio, como é conhecido, tem proporções dóricas perfeitas e não chegou a ser concluido.
Segesta

  • Érice: esta cidade medieval está construida num penhasco, seu acesso é por uma estrada sinuosa e estreita  sempre beirando o penhasco e que oferece lindas vistas da praia e da cidade de Trapani.
Trapani vista no caminho para Érice
Érice foi o local de culto da Vênus de Érice, uma deusa da fertilidade. Hoje um castelo normando está no local do templo mas a cidade mantém seu aspecto medieval. Quando chegamos ventava  e havia muita neblina o que aumentou o clima medieval do local.
ruas de Érice
Duomo e seu campanário
Castelo Normando
Nossa idéia era de dormir na cidade mas a neblina, o vento e o isolamento nos fez mudar os planos. Descemos em direção a Trapani mas seguimos ainda mais pra frente e fomos dormir em Marsala.























































2 comentários:

  1. Estou tendo um deja-vu... q saudade da Sicilia...
    Vc nao foi a unica a se perder pelas ruas estreitas de uma cidade caótica italiana, ficamos em pânico em Napoles para tentar encontrar o museu onde estao os artefatos de Pompéia e mesmo com Gps nao adiantou nada... um verdadeiro labirinto com ruas onde só passa um Ford Ka no máximo...
    VCs viram bastante coisa da Sicilia, qual foi o lugar q mais te marcou?

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  2. É verdade Déia, mesmo com GPS a gente se perde, tanto que evitamos entrar em cidades grandes, o interesse tem que ser muito grande...
    Eu também sinto saudades da Sicília, adoramos essa viagem mas o lugar mais marcante foi o Vale dos Templos em Agrigento, chegamos no final de tarde e ver aqueles templos com o sol caindo foi incrivel...

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