“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

sábado, 27 de julho de 2013

Riga I, Letônia - Rússia e Países Bálticos 2013

Saímos de Tallinn em ônibus regular, a viagem foi muito tranquila através de estradas duplicadas, bem asfaltadas, ao redor muito verde e vários lagos, na Letônia as florestas ocupam 40% do território. Como ambos os países pertencem a União Européia a passagem pelas fronteiras ocorre livremente, sem barreiras e sem burocracia.
Riga já era um ponto comercial quando o bispo e cruzado alemão Albert von Buxhoevden construiu aqui sua fortaleza em 1201, prosperando comercialmente e tornando-se membro da Liga Hanseática. Esteve sob domínio polonês-lituano, sueco e russo, foi independente entre as duas guerras mundiais mas sofreu muitos ataques tendo permanecido sob o domínio do exército alemão até que em 1944 passou para domínio soviético no qual permaneceu por seis décadas. Nessa época muitos dos seus habitantes foram deportados ou fugiram e muitos russos vieram, atualmente  isso se traduz em 50% da população atual  de descendentes russos.
Ficamos num hotel, o Radisson Blu, cujo principal atrativo é seu bar e a vista que se tem do centro histórico de Riga,  conhecido por Cidade Velha, na área entre o Rio Daugava e o Canal Pilsetas.

centro histórico de Riga e os reflexos das janelas

Em frente ao hotel fica o Parque da Esplanada com a Catedral Ortodoxa. Construída entre 1876 e 1884 para atender a crescente comunidade russa tornou-se luterana quando da ocupação alemã e durante o regime soviético foi usada como sala de conferências e planetário com muita destruição de seu rico interior. Hoje está sendo restaurada e atende a comunidade de descendentes russos.

catedral vista do bar


Parque da Esplanada
Seguindo ao lado do parque chegamos ao Monumento à Liberdade. Construído em 1935 no local onde ficava uma estátua de Pedro, o Grande é formado por uma coluna de granito de 42 metros tendo no topo Milda, uma figura feminina, segurando três estrelas que representam três regiões importantes do país e por uma base de granito onde estão estátuas que representam Trabalho, Vida Espiritual, Família e Proteção da Pátria. Durante a ocupação soviética o regime  colocou uma estátua de Lenin próxima a ele e proibiu a colocação de flores na sua base.

Monumento à Liberdade
É na região do monumento que se encontra o Canal Pilsetas e o Parque Bastejkalns, local de lazer com pedalinhos, passeios de barco, uma ponte com vários cadeados  mas que também foi palco de lutas pela independência.






Começa então a cidade velha e logo à direita fica a Torre da Pólvora, a única que restou das 18 torres defensivas da cidade. Sua base é do séc. XIV mas o restante da construção é do séc. XVII quando foi reconstruída após ser destruída pelo exército sueco. Tem como destaque nove balas de canhão russo nas suas paredes. Hoje é um museu.

apresentação de artistas na praça e Torre da Pólvora ao fundo
balas de canhão encravadas nas paredes da torre
Ao lado da torre estão as muralhas e a frente destas está o Quartel de Jacó, antigo quartel sueco que hoje abriga lojas e restaurantes.

Quartel de Jacó
Do outro lado das muralhas está a Rua Torna com a Porta Sueca, única porta que restou das oito construídas pelos suecos.

exemplar de canhão em frente às muralhas
muralhas e Rua Torna
Rua Torna
Porta Sueca
outro lado da Porta Sueca abrigando mais um artista de rua
Seguindo pela rua da Porta Sueca encontramos a Catedral de S. Tiago, construída em 1225 fora das muralhas. Hoje aqui fica a Arquidiocese Católica de Riga.

Catedral de S. Tiago
 Nesta região também ficam três casas chamadas de Três Irmãos. A primeira é do séc. XV, é gótica e é o edifício de pedras mais antigo da cidade, número 17. Ao lado está uma casa do séc. XVII com o interior em madeira, número 19 e a outra é do séc. XVIII, número 21.

mais artistas de rua em frente a 17
casas 19 e 21
torre da Catedral entre elas
Seguimos então para a Praça do Domo, Doma Laukums, para ver a enorme Igreja de São Pedro cujo campanário tem 123 metros.

Igreja de São Pedro
Mas a praça em si já é um atrativo.























































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