“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Polônia - Leste Europeu 2010


POLÔNIA

  • Zakopane: decidimos parar nesta cidade antes de ir para a Cracóvia para ver as típicas casas de madeira. A cidade já foi a capital de inverno do país e seu centrinho é muito charmoso mesmo fora de temporada.
Zakopane


centro de Zakopane

  • Cracóvia: esta cidade foi a capital da Polônia de 1038 até 1596 mas sempre manteve sua importância no cenário político do país pois era na sua catedral (Wawel) que os reis eram coroados e sepultados. Meses antes da nossa viagem houve um grave acidente aéreo com a morte do presidente do país e foi na Catedral de Wawel que ele foi enterrado mantendo a tradição. Apresentou grande crescimento nos séc. XIV, XV e XVI quando foram construidos igrejas,o mercado de tecidos, o Castelo Real e vários edifícios importantes. Escapou quase ilesa às duas guerras mundiais sendo patrimônio da humanidade pela UNESCO e capital espiritual do seu povo.
Os locais turísticos históricos encontram-se ao redor da praça medieval que é a maior da Europa ( Rynek Glówny), sendo acessíveis a pé.  Escolhemos, então,  um hotel localizado muito próximo a praça mas ao qual se tinha acesso de carro e com estacionamento, o Andel's Hotel, um hotel moderno ao lado da estação de trens, ao lado de um shopping e a uma quadra da praça.
Cracóvia foi uma cidade medieval e, portanto, era cercada por muralhas num círculo duplo. Essas muralhas foram destruidas no séc. XIX  restando a Barbacã que era uma fortificação da muralha.
Barbacã
Da Barbacã avista-se a praça com a Igreja de Santa Maria, construida em 1355.
Igreja de Santa Maria ao fundo
A foto mostra também a Ulica Florianska, rua que fazia parte da Rota Real, por onde cavalgavam os nobres indo para o Catedral de Wawel, e no lado contrário a praça há a Porta de São Floriano, parte das fortificações medievais unida à Barbacã por uma passagem subterrânea.
Porta de São Floriano
 A grandiosa basílica de Santa Maria apresenta duas torres assimétricas, é da  mais alta, torre Hejnal, que soa, de hora em hora, um toque incompleto de clarim em memória ao corneteiro medieval morto a tiros enquanto dava o alarme com seu toque.
Igreja de Santa Maria
Na foto acima vemos a igreja  e no canto esquerdo uma parte do Mercado de Tecidos, infelizmente ou felizmente, em obras. Ainda na praça encontramos a Igreja de Santo Adalberto e a Torre da Câmara Municipal além de várias lojas e restaurantes.
Torre da Câmara Municipal
É muito agradável passear pela praça que apresenta grande movimento mesmo a noite quando encontram-se vários estudantes visto que Cracóvia é uma cidade universitária.

Da praça chega-se facilmente ao Monte Wawel, anteriormente uma cidadela,  ainda apresenta fortificações e no seu interior há o Castelo Wawel e a Catedral Real. No caminho há vários edifícios históricos como este, a igreja jesuíta de São Pedro e São Paulo.
Igreja de São Pedro e São Paulo

O Castelo Real de Wawel (Zamek Królewski) sobressai a distância e ainda apresenta fortificações, algumas desde a época medieval, sobressaem algumas torres defensivas de períodos diversos.
Castelo Wawel
Torre Sandomierz

O Castelo Real, antiga residência de reis, hoje é um museu.
pátio do castelo com a entrada para o museu
 A Catedral Real, Catedral de Santo Estanislau e São Venceslau, construida entre 1320-1364, é uma catedral gótica com várias capelas e túmulos funerários. Abaixo o túmulo do presidente recentemente morto num acidente aéreo.


Dentre as capelas, a de Sigismundo apresenta o maior sino da Europa com quase 11 toneladas.

 O conjunto exterior da Catedral é lindíssimo e entre ele e o Castelo há  jardins maravilhosos e lindas vistas do Rio Vístula e do Kazimierz, antigo bairro judaico.
Catedral  Real

Rio Vístula

Como todo castelo medieval tinha um dragão ameaçando seus súditos, aqui também encontramos um que faz a diversão dos turistas.

Como o acesso de carros a cidade é limitado há encantoras opções de transporte, como lindas carruagens.
 
Para irmos ao bairro judaico escolhemos outro tipo, um pequeno carro elétrico onde o motorista também serve de guia além de colocar uma fita que vai narrando na língua escolhida (não há em português, mas tem em espanhol) os pontos turísticos.
city tour no bairro judaico
 O roteiro escolhido nesta viagem abrangeu vários paises que sofreram com a invasão nazista na II Guerra Mundial, muitos possuiam uma expressiva população judaica e as marcas da perseguição estão presentes em vários deles mas é aqui, na Cracóvia, que a história se faz mais presente com o maior e mais famoso campo de concentração (Auschwitz-Birkenau) e com o bairro judeu imortalizado no filme de Steven  Spielberg, A Lista de Schindler.
local da fábrica de Schindler
muros em forma de tumbas que cercavam o gueto judeu
No bairro há sinagogas, cemitérios judeus e casas do antigo bairro, entre elas a da famíla Rubinstein.

Nas imediações da cidade há dois locais imperdíveis. Um fica na cidade de Wielicza, uma antiga mina de sal, e outro na cidade de Oswiecim, o complexo Auschwitz-Birkenau. Em ambos a visita guiada é obrigatória e queríamos que fosse em espanhol para uma maior compreensão. Alguns guias e algumas companhias de turismo apresentam a visita em espanhol em determinados dias da semana, dessa forma optamos por fazer a reserva aqui do Brasil. Escolhemos a Cracow City Tours e reservamos a visita ao campo de concentração pela manhã e, no mesmo dia a tarde fizemos a visita a mina de sal. O encontro com o grupo foi no local da companhia, muito próximo ao Barbacã e ao nosso hotel. Recomendo.
  • Oswiecim: esta cidade mais conhecida pelo seu nome em alemão, Auschwitz, dista 70 km da Cracóvia. Fizemos este trajeto de ônibus e no caminho é mostrado um filme feito pelos russos quando chegaram ao local, até então não se sabia exatamente o que acontecia nos campos. Na iminência da invasão pelos russos os alemães tentaram destruir o máximo possível mas muito ainda foi achado. A invasão ocorreu em janeiro de 1945 e ali foram encontrados 7650 prisioneiros, doentes e muito emagrecidos. O campo inicial ocupou o espaço de uma fábrica mas outros dois foram construidos pelos próprios prisioneiros. Este grande complexo é hoje um museu que abriga tudo o que ali foi encontrado e em 2010 recebeu mais de 1,3 milhões de visitantes. O guia é essencial para uma melhor compreensão de tudo o que lá ocorria. Tirar fotografias na parte interna é proibido mas o portão de entrada  com a irônica  frase  "Arbeit macht frei", o trabalho liberta, está aqui documentado.


  • Wieliczka: este foi o nosso destino a tarde, saimos de ônibus para esta cidade,  que fica somente há 13 km da Cracóvia, para conhecer a mina de sal. Aqui também é obrigatória a visita guiada, trata-se de uma mina de sal que foi inaugurada há 700 anos e que hoje está desativada sendo somente um local turístico. A visita abrange somente uma parte das galerias e câmaras que se encontram há 135m de profundidade e a uma temperatura de 13 a 14º C. Além dos túneis encontram-se várias construções de sal das quais se destaca uma linda e grande igreja.
igreja de sal

  • Wadowice:  nosso próximo destino era a República Tcheca, mas antes de entrar no país passamos por esta cidade polonesa distante cerca de 50 km da Cracóvia. Esta é a cidade aonde nasceu o Papa João Paulo II. Sua casa  de infância hoje é um museu.

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