“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ilha de Vasilevskiy e Petrogradskaya, São Petersburgo, Rússia - Rússia e Países Bálticos

Através da Ponte do Tenente Shmidt cruzamos o rio e chegamos a Ilha de Vasilevskiy. Nossa primeira parada foi logo após atravessá-la no edifício da Academia das Artes, hoje além de uma escola de artes também é um museu.

Academia das Artes

Apesar de toda imponência este local é mais visitado porque no rio, à sua frente, encontram-se duas esfinges do séc. XIV a.C. das ruínas de Tebas  que foram aqui colocadas em 1832.




Ponte do Tenente Shmidt e esfinge
Uma ideia melhor desse local tem-se na foto abaixo da Wikipédia tirada da outra margem do Rio Neva.

esfinges e Academia das Artes, foto da Wikipédia
Ao lado da Academia ficam também o Palácio Menshikov e o Kunstkammer que foi o primeiro museu da cidade e abrigava uma coleção de preparações anatômicas bizarras compradas por Pedro que atraia o povo para visitá-la oferecendo vodca de graça. O edifício destaca-se por sua torre-lanterna.


Mais a frente chega-se a Strelka ou ponta no lado mais oriental da ilha cujo destaque são o Museu Naval  e as Colunas Rostral. O Museu Naval fica no antigo prédio da bolsa que deixou de funcionar após a Revolução, lembra o templo grego de Paestum com uma escultura de Neptuno no alto.

Museu Naval
As Colunas Rostral são antigos faróis com 32 metros de altura.


Strelka
Na ilha ainda encontramos os Doze Colégios que recebeu este nome pois abrigava os 12 ministérios de Pedro. Sua longa fachada em vermelho e branco tem 400 metros de comprimento e simbolizava a união. Hoje faz parte da Universidade de São Petersburgo, local da formação de Lenin e onde lecionaram Mendeleev( fez a Tabela Periódica em 1869) e Pavlov ( Prêmio Nobel de Medicina em 1904).

Doze Colégios
Através da Ponte Birzhevoy ou Ponte de Câmbio chega-se a Petrogradskaya, local da construção de uma fortaleza em madeira em 1703, a Fortaleza de São Pedro e São Paulo, primeira construção de Pedro, o Grande para formar a nova cidade e que posteriormente foi reconstruída em pedra por Domenico Trezzini, arquiteto responsável por grande parte da arquitetura da cidade. Foi uma construção difícil sobre um brejo que acarretou na morte de muitos trabalhadores.

Fortaleza de S. Pedro e S. Paulo
Dentro da Fortaleza o principal destaque é a Igreja de S. Pedro e S. Paulo, construída em 1712 apresenta um interior lindíssimo que a partir da morte de Pedro passou a ser o panteão dos czares. Destaca-se pela grande agulha dourada de 122 metros, ponto mais alto da cidade.

Igreja de S. Pedro e S. Paulo
Com exceção de  Pedro II e Ivan VI todos os czares estão aqui sepultados em sarcófagos, com exceção de dois todos são de mármore branco.

sarcófago de Pedro, o Grande
outros sarcófagos
 Os únicos diferentes são os sarcófagos de Alexandre II em jaspe e o de sua mulher, Maria Alexandrovna, em rodonita.

Há poucos anos foram trazidos os restos mortais da família do último czar assassinado após a Revolução, estão separados dos demais em uma capela no interior da igreja na qual não se pode entrar.


O interior da igreja, apesar de estar quase totalmente ocupado pelos sarcófagos, é muito bonito com colunas verde e rosa e grandes lustres dourados.


A entrada na Fortaleza se faz pela Porta de Ivan, na muralha exterior, e pela Porta de S. Pedro que infelizmente não vimos pois esta entrada estava bloqueada.

Porta de Ivan
Os bastiões da Fortaleza foram usados como prisão para presos políticos e a porta de saída, a Porta do Neva também era conhecida como Porta da Morte pois por aqui saiam os presos condenados a morte.

Fora da Fortaleza fica o Museu da Artilharia 



Há também uma linda e rica mesquita construída em 1913, na época era a maior mesquita da Europa, pena não termos conseguido uma foto melhor.


Às margens do Rio Neva fica atracado o Cruzador Aurora que com um tiro deu o sinal para a tomada do Palácio de Inverno em 1917


Saímos da ilha pela linda Ponte da Trindade, construída em 1903 possui  quase 600 metros de comprimento



Agora é só curtir as fotos de Rustem Adagamov

Fortaleza
torre da Igreja de S. Pedro e S. Paulo em destaque num fundo maravilhoso
Fortaleza e Museu da Artilharia
Kunstkammer e colunas rostral
Kunstkammer
Strelka
Museu da Artilharia


















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