“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Belém, Israel - Terra Santa e Istambul 2012

Saímos da Galiléia e nosso destino era Jerusalém. Por um tempo andamos às margens do Rio Jordão avistando marcos da fronteira de Israel com a Jordânia e suas terras. Avistamos também a cidade mais antiga do mundo, cerca de 7500 anos, Jericó, cidade que vem crescendo e pertence a Autoridade Palestina, assim como Belém e Faixa de Gaza. Quanto a Belém vimos que foi construído um muro bem alto com torres ocupadas pelo exército de Israel sendo necessária uma revista em todos que entram e que saem para evitar ataques tipo "homem bomba" e Belém está distante somente 8 km de Jerusalém, pelo que li o mesmo acontece com as demais cidades da Autoridade Palestina. A situação dessa região e a animosidade entre esses  povos é muita antiga e complexa mas a visão do muro é estarrecedora.....


A população da cidade é de mulçumanos e de cristãos e a construção do muro praticamente limitou sua economia ao turismo, é evidente a baixa na qualidade de vida dos que ali moram. Nossa guia não poderia nos acompanhar, fomos só com o motorista e já em Belém tivemos um novo guia, um brasileiro que saiu da Bahia aos 5 anos de idade, aliás aproveito para agradecer, obrigada José por todo seu carinho e atenção.

Fomos para a Praça da Manjedoura  de onde avistamos a Igreja da Natividade. A primeira igreja foi construída no local da gruta onde nasceu Jesus em 326 pelo imperador romano Constantino, em 530 foi reconstruída por Justiniano, depois os cruzados a redecoraram, parte do mármore foi pilhado pelos otomanos e desde 1852 está sob a autoridade das igrejas Católica Romana, Armênia e Ortodoxa Grega, estes últimos são responsáveis pela Gruta da Natividade.

Igreja da Natividade ao fundo 
A entrada se faz pela Porta da Humildade, assim chamada pois obriga a todos a se curvarem para entrar mas, na verdade, seu tamanho foi alterado pelos otomanos para evitar a entrada de carroças de saqueadores. Fiz uma ampliação na foto abaixo para ser possível identificar a entrada atual e seu antigo formato em arco agudo.


Até então nossas visitas tinham sido tranquilas mas aqui a fila era imensa e esperamos por mais de 2 horas para chegar ao local da Gruta da Natividade.

A nave da igreja é bem ampla e da época de Justiniano, o teto é do séc. XV e foram feitas restaurações no séc. XIX. Ainda é possível ver fragmentos de afrescos nas paredes.



Em alguns locais há alçapões para a visualização do chão de mosaico da igreja do séc. IV.


Suas colunas possuem pinturas do tempo dos cruzados mas a visualização é difícil pelo tempo e pela baixa iluminação. Antes de se chegar a entrada da gruta encontra-se o Altar da Adoração dos Magos.


A fila termina numa escada para baixo e uma porta por onde passa uma pessoa por vez, aí no chão encontra-se uma estrela de prata no local onde acredita-se ter nascido Jesus, para tocá-la tem que se ajoelhar.


Ao lado da Igreja da Natividade fica a Igreja de Santa Catarina e do lado  direito da sua nave há escadas que descem para as grutas dos Santos Inocentes, São José e São Jerônimo, havendo uma porta que as separa da Gruta da Natividade. Foi neste local que um grupo de brasileiros assistia a uma missa em português, foi um momento mágico, muito emocionante.


Resta dizer que Belém é uma cidade sagrada para as três grandes religiões monoteístas, para os cristãos e mulçumanos por ser aqui o local onde Jesus nasceu e para os judeus porque  Belém é a terra natal do Rei Davi e o local onde ele foi coroado Rei de Israel.









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