“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

sexta-feira, 22 de março de 2019

Cairo, Egito - Egito e Marrocos 2019

O dia a mais no Cairo foi para visitar dois centros antigos da cidade, a cidadela de Saladino e o bairro copta. O Egito foi ocupado pelos muçulmanos no ano 641 e as sucessivas dinastias construíram diferentes capitais até que em 1.176 o famoso líder muçulmano Saladino, o mesmo que expulsou os cristãos de Jerusalém, construiu no alto de uma rocha a Cidadela que durante 700 anos foi a sede do governo egípcio. Atualmente é um lugar sem habitantes com mesquitas e museus rodeados por grandes muros.







O grande destaque é a Mesquita de Muhammad Ali ou Mesquita de Alabastro construída entre 1.830 e 1.848.




Logo após a entrada há um grande pátio com uma fonte mas o detalhe mais importante é o relógio que foi dado pelo rei Luís Felipe da França em troca de um obelisco que hoje se encontra na Praça da Concórdia em Paris. Interessante é que o relógio nunca funcionou mas o obelisco que está em Paris é o mais conservado do mundo.



Seu interior é simples e belo.



Saindo por outra porta há um terraço com vistas do Cairo, consegue-se inclusive ver as pirâmides mas o que predomina é a imagem de uma cidade cinza.

pirâmides ao fundo à esquerda
Daqui seguimos para o bairro copta, a parte mais antiga da cidade, construída no séc. III dentro dos muros da fortaleza romana de Babilônia.






A igreja mais antiga é a Igreja de São Sérgio e como o nível do solo se elevou após a sua construção o acesso é descendo alguns degraus. Diz a lenda que a Sagrada Família se refugiou numa caverna sob o altar.








Próximo a ela está a mais antiga sinagoga do Egito, Sinagoga Ben Ezra.



Retornando pela mesma escada fomos para a Igreja Suspensa que é assim chamada pois encontra-se numa área alta e embaixo dela passava um túnel da fortaleza romana. Fundada no séc. III ela é a sede  da Igreja Copta que tem seu próprio Papa.






Seguimos para o famoso bazar Khan al-Khalili, construído em 1.382 é um dos maiores bazares do Oriente Médio.




Fizemos uma visita rápida não achamos assim tão interessante.

Última parada do dia o Museu Egípcio construído inicialmente em 1.863 pelo francês Auguste Mariette. Seu acervo é grande e está pequeno para expor tudo o que possui, um novo está sendo construído em Gizé.



Logo à entrada a segunda estátua de Ramsés II, esta inteira. Os faraós sempre estavam na mesma posição com a perna esquerda à frente.


São muitas as riquezas do local mas, sem dúvida, a que mais impressiona é a Galeria de Tutâncamon.  Sua tumba foi descoberta por acaso em 1.922 e não havia sido saqueada, para um faraó que reinou só 9 anos a riqueza encontrada é imensa e sua múmia estava em um sarcófago de quartzito que continha outros 3 sarcófagos sendo o último de ouro, a face da múmia estava coberta com uma máscara funerária também de ouro. Toda essa riqueza leva a pensar como seriam as riquezas da tumba de Ramsés II que reinou por muitos anos.

Trono de Tutâncamon

um dos sarcófagos
outro sarcófago
Paga-se uma taxa para uso de máquina fotográfica no museu mas é proibido o uso na sala da máscara de Tutâncamon então as imagens abaixo são da internet.

sarcófago de ouro e pedras preciosas
máscara funerária
Na máscara o faraó morto adquiri outra postura, braços cruzados, e vê-se também a falsa barbicha que representava a divindade.

Por último gostaria de falar sobre o Cairo atual, o trânsito totalmente caótico, dificuldade e risco imenso ao atravessar ruas, muito lixo acumulado, animais pastando na periferia muito magros, edifícios não acabados com entulho a porta ( enquanto está em construção não paga imposto) e uma cor cinza, provavelmente pela areia trazida pelo vento, que deixa a cidade feia. Em um dos dias fomos a pé numa ponte sobre o Cairo construída por europeus próximo ao hotel, a vista é bonita mas eu com roupa ocidental e sem véu atraí olhares nada agradáveis, o que não acontece nos sítios turísticos.

Ponte Qasr el-Nil e a Torre do Cairo
ornamentos da ponte
Rio Nilo













































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