“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Toscana I - Itália 2015

Na nossa primeira viagem para Itália conhecemos Florença, Siena, San Gimignano, Lucca e Pisa, desta vez dedicamos três dias a região só para cidades menores tendo como base Siena, queríamos vê-la a noite. Era sábado e a ideia era sair cedo pois apesar da pequena distância (153Km) queríamos passar por 6 vilas mas tivemos azar, amanheceu um dia cinzento e chuvoso e assim permaneceu.

A primeira parada foi em Montepulciano, terra do vinho Nobile e uma das mais altas da Toscana,  mas a chuva estava intensa, não conseguimos um estacionamento mais próximo do centro e acabamos por desistir. Na saída paramos no Templo de San Biagio, uma igreja renascentista do séc. XVI, toda em mármore em formato de cruz grega.


A igreja é bonita mas o caminho até ela foi o que mais nos encantou, começava a nossa perseguição a estradas de ciprestes, esta, em especial, ficou ainda mais charmosa com o  reflexo na água da chuva.



Daqui seguimos para Monticchiello, pequena vila medieval que nos contentamos em ver de longe, e ver também mais ciprestes...



Daqui já conseguíamos avistar Pienza, cidade reconstruída pelo Papa Pio II que aqui nasceu em 1405. A ideia era torná-la uma cidade totalmente planejada sob os conceitos de beleza do Renascimento, a cidade ideal, mas o trabalho foi interrompido com a morte do Papa.



A cidade é pequena, toda cercada pelas muralhas e o trabalho do Papa é evidente na sua bela praça principal, a Piazza Pio II, onde ficam a Catedral, a Prefeitura e outros três palácios.




Apesar da cidade estar a 490 metros acima do nível do mar dentro das muralhas é bem mais plano e há vários cantinhos encantadores além de lojas vendendo os produtos locais.







De vários lugares da cidade tem-se vistas sensacionais da região.



A próxima parada seria em San Quirico d'Órcia mas preferimos ir direto para Montalcino, a cidade do famoso vinho Brunelo. Esse vilarejo medieval inicialmente esteva sob o domínio da Abadia de Sant'Antimo, depois foi disputada por Siena e Florença e só depois da unificação da Itália que se tornou independente. Não sei se por estar a 564 metros acima do nível do mar ou por piora ainda mais do tempo naquele dia mal conseguíamos avistar a cidade, toda envolta em chuvisco e neblina.

Estacionamos o carro dentro das muralhas na sua parte mais alta, ao lado da sua fortaleza, a Rocca, construída em 1361 a mando de Siena para tentar conter rebeliões. Aqui ficam várias lojas dos produtores de vinho.



Depois tentamos andar por suas ruas íngremes e escorregadias passando pelo Museu Cívico


até chegar à Piazza del Popolo onde fica a prefeitura no Palazzo dei Priori do séc. XII tendo uma loggia e uma torre gótica


Nas redondezas de Montalcino vimos Castelnuovo della Abate



e a seus pés a Abadia de Sant'Antimo que teria sido construída por Carlos Magno em 781.



No caminho para Siena ainda paramos em Buoncovento, um pequeno vilarejo formado por poucas ruas e praças rodeadas por uma muralha, e tudo isso plano.... pouco comum...









Esta cidade florida e bem cuidada faz parte do caminho que São Francisco percorreu.

Para finalizar o dia chegamos em Siena e fomos premiados com esta vista do nosso quarto.
























































































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