“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Áustria - Leste Europeu 2010


aeroporto de Lisboa

Esta foi uma viagem muito marcante por vários motivos. O plano era de uma viagem longa, 28 dias, passando por vários países. Não há no Brasil guias completos de alguns desses países, problema resolvido com a compra desses guias em uma livraria virtual portuguesa. Em muitos desses guias havia a indicação da necessidade de se manter o carro alugado em estacionamento seguro o que fez com que reservássemos praticamente todos os hotéis, costumamos deixar uma flexibilidade maior dos dias passados em uma determinada cidade mas,  aqui,  não foi o caso. Iríamos viajar em outubro de 2009 mas, por problemas de doença na família, tivemos de adiar e remarcamos para abril de 2010. Saíriamos de São Paulo num sábado pela TAP, trajeto São Paulo-Lisboa e Lisboa-Munique, em Munique pegaríamos o carro alugado. Porém na terça-feira da semana da viagem ocorreu a erupção do vulcão na Islândia e muitos aeroportos da Europa fecharam, mesmo assim tentamos manter o nosso planejamento e fomos para Portugal. Chegando no aeroporto em Lisboa encontramos o caos, só havia a possibilidade de vôos para Roma, mudamos a nossa passagem para lá mas sem saber o que encontraríamos. No aeroporto muitas pessoas, algumas dormindo ao lado das suas malas, outras chorando, todas com ar de perdidas, pensamos em alugar um carro mas os preços estavam abusivos e não havia a possiblidade de devolução em outro país. Dessa forma,  24 horas após a nossa saída do Brasil, chegamos em Roma. Do aeroporto fomos para a Termini (estação de trem) que estava lotada, filas intermináveis, pessoas oferecendo transporte por vans e já anoitecendo. De lá, já meio sem opções, resolvemos ir até a rodoviária, lá fomos de metrô com malas e já muito cansados. Na rodoviária só haveria ônibus pro norte daqui há 2 dias, decidimos parar por ali mesmo, procuramos um hotel para passar a noite. No dia seguinte tentamos vans para Milão mas o preço era muito alto, todos em trânsito na Europa só conseguiam chegar em Roma e de lá queriam sair, fomos então de volta para a Termini e ficamos sabendo pelo motorista do táxi que o aeroporto de Milão estava aberto. Tivemos mais sorte e conseguimos comprar um bilhete de trem para Milão, sairia às 11:00h, só não sabíamos que não havia lugares e encaramos nosso viagem sentados no chão, entre os vagões.Três horas mais tarde chegamos em Milão, a  estação já apresentava filas pela abertura do aeroporto mas conseguimos comprar um bilhete Milão-Verona. Lá fomos nós novamente. Chegando em Verona soubemos que só haveria trem para Munique no dia seguinte, preferimos, então, ir para Innsbruck e de lá para Salzburg, afinal era nessa cidade que tínhamos hotel reservado para a terceira noite. E lá fomos nós novamente, chegamos na fronteira Itália-Áustria, mudamos para um trem austríaco e chegamos em Innsbruck à 1:00h, de lá, de uma estação praticamente vazia, sairia o trem para Salzburg às 3:00h. Conseguimos encontrar um pedaço de pizza para comer, depois esperamos o trem com sono e frio. Chegamos em Salzburg às 4:30h, muito, muito cansados.....fomos para o hotel reservado para o dia seguinte, hotel que nos recebeu muito bem e nem sequer cobrou a diária a mais. No dia seguinte, um pouquinho mais descansados nos informamos sobre a melhor maneira de chegar em Munique e acabamos por decidir alugar um outro carro, que deixaríamos no aeroporto de Munique, onde pegaríamos o nosso. Foi impressionante ver o enorme aeroporto de Munique praticamente vazio. Assim, 2 dias após o esperado, estávamos começando nossa viagem, deixamos para trás Regensburg, Passau e as redondezas de Salzburg, mas tínhamos conseguido.....