“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Nimes e Arles, França - Sul da França e Suíça 2012

Nimes, assim como Arles e Orange, possui um passado de ocupação romana apresentando uma das arenas mais conservadas do mundo em volta da qual há ruas tranquilas, praças, igrejas, lojas e restaurantes.
Paramos o carro bem próximo a Igreja Saint-Baudille, mas o nosso interesse era pela Porta de Augusto, ao lado da igreja. Esta porta é um trecho de um dos muros mais longos da cidade construído pelos romanos que deram a cidade o nome de  Nemausus, deus romano dos rios; dos arcos restantes há dois maiores que eram usados para bigas e carroças e dois menores para pedestres. Ao fundo observa-se uma estátua em bronze de Augustus, uma cópia.

Porta Augustus


Igreja Saint-Baudille
Seguimos pela rua até a Esplanada de Charles de Gaulle, uma praça com seu carrossel, igreja e o Palácio da Justiça.





Da praça já avistávamos a arena, construída no séc. I d.C. tem formato oval e acomoda até 25 mil pessoas que hoje assistem a concertos e touradas.



Ao redor há várias lojinhas de souvenirs que confirmam a grande influência espanhola na cidade. Há também  restaurantes em praças muito agradáveis.




A cidade tem um astral bom, festivo e apresenta um renascimento com seus museus e complexo artístico. Este último localiza-se próximo a Maison Carrée, um templo romano construído entre os séc. II e III d.C. que está muito bem conservado; formado por 30 colunas coríntias e um friso esculpido hoje é um museu.



Do outro lado da avenida fica o Jardim de la Fontaine,  construído no séc. XVIII no local onde antes ficavam os banhos dos romanos assim como o templo de Diana e um teatro. Os jardins ainda apresentam vestígios dessa época destacando-se a Tour Magne, uma torre octagonal que era parte dos muros romanos.

Tour Magne


Jardim de la Fontaine
Ahhhhhh uma curiosidade sobre Nimes, aqui é a origem do jeans já que a cidade fabricava um tecido, o tecido de Nimes que virou denim, que era comprado por genoveses que eram chamados de genes pelos franceses e que tornou-se jeans.

Chegamos em  Arles no meio da tarde e deixamos nosso carro próximo ao Rio Rhone, daqui tivemos as primeiras vistas da cidade.



Daqui começamos a avistar o centro antigo com suas casas coloridas, ruelas, a Igreja St.-Trophime até chegar aos monumentos romanos.




Igreja St.-Trophime
A arena de Arles construída em 90 d.C. faz parte do legado romano juntamente com o teatro, as termas de Constantino e parte do cemitério romano Alyscamps. Nessa época a cidade chamava Arelate, era toda murada e  um importante porto do Mediterrâneo.

arena com 21 mil lugares
arena
arena
teatro romano
teatro romano
Além disso aqui viveu Van Gogh e pode-se visitar os lugares que frequentava assim como os lugares que pintou.

Nas redondezas de Arles encontramos trechos de um aqueduto romano e a Abadia de Montmajour.

ruínas de um aqueduto romano




Abadia de Montmajour





















































4 comentários:

  1. Cara Inês. No dia que passamos em Arles estava muito quente e haveria uma tourada, na Arena Romana. Na rua, todos vestidos como os espanhóis indo para uma arena de touros. Em cada esquina uma paella valenciana exalando cheiro da Catalunha. A Andalucia estava em cada canto com um uma cantor ou uma cantora cantando flamenco. Não fossem as pessoas falando francês e juraríamos que estávamos na Espanha. Foi uma experiência incrível. Os ingressos já estavam esgotados, senão teríamos ficado para o espetáculo. Quando saímos, os touros estavam entrando na cidade por um corredor humano. Que experiência. Ficou marcada em nossa mente e corações. Abraços. Narcísio.

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    1. Impressionante como Arles e Nimes tem influência espanhola. Apesar de não aprovarmos touradas deve ter sido uma festa incrível. Abraços

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  2. Oi Inês. To aqui viajando no teu blog, eu e a Erika. . Ja li quase tudo da tua viagem pelo Sul da França. Ainda não tinha dados os parabéns por ele.
    E aproveito para desejar Feliz Natal/ Ano novo.
    Continua escrevendo. Vou anotando para a viagem de maio.
    Um beijo
    Leandro

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  3. Obrigada Leandro, um Feliz Natal para vocês e um 2013 com muita saúde e viagens. Beijos

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