“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Jerusalém Bairro Judeu, Israel - Terra Santa e Istambul 2012

Foi no período de dominação otomana que esta área tornou-se predominantemente judia e já a partir do séc. XVI começou a peregrinação ao Muro das Lamentações, única parede que restou do Templo de Herodes. Durante a guerra de 1948 esta área foi destruída e ocupada pelos jordanianos até que em 1967 Jerusalém foi tomada integralmente pelos judeus. Na sua reconstrução foram encontradas ruínas de diversos períodos e hoje o bairro é um museu arqueológico a céu aberto. O acesso ao bairro pode ser feito através de várias portas como a Porta de Jafa  ou Porta de Sião passando pelo bairro armênio, pela Porta de Damasco passando pelos bairros árabe e cristão ou pela Porta do Lixo, ( tem esse nome pois daqui saía o lixo da cidade para ser queimado no vale de Hinon),  com acesso direto ao Muro das Lamentações. A circulação entre os bairros é livre,com duas exceções,  o acesso ao Muro das Lamentações é protegido por barreiras de raio X e o acesso a Esplanada das Mesquitas também é limitado aos não mulçumanos.

Esplanada das Mesquitas , Muro das Lamentações com sua barreira

 O muro recebeu esse nome pois aqui os judeus vinham lamentar a destruição do templo em 70 d.C. Quando Jerusalém foi totalmente controlada pelos judeus a área ao redor do muro possuía várias casas que foram demolidas, criando-se assim uma praça que ocupa a função de uma sinagoga a céu aberto já que aqui os judeus vêem rezar e aqui são celebradas datas especiais como a chegada da maturidade religiosa tanto aos meninos quanto as meninas. A área próxima ao muro é dividida ficando as mulheres à direita e os homens à esquerda, o acesso é permitido a todos desde que se vistam de maneira adequada e, no caso dos homens, cubram sua cabeça com o quipá, oferecido a entrada.

praça a frente do muro

separação entre homens e mulheres

ao fundo o grande arco original da entrada do templo
Já algum tempo acrescentou-se outra tradição, a de anotar pedidos e preces em papéis que são colocados nas frestas do muro e que são recolhidos e guardados todos os dias.


É impressionante observar o local onde há predomínio de judeus ortodoxos com suas roupas negras e com cachos ao redor da face orando em tom de lamento, balançando o corpo.


Pode-se observar que o muro possui enormes blocos de pedra na parte baixa, que são da época de Herodes, e as de cima, menores, são da época omíada e fatimita.

Abaixo outros destaques do bairro.

ruínas do cardo romano

como o cardo era na época romana

jovens recebendo ensinamentos

ruínas e arco da sinagoga de Hurva

menorah dourado - um dos símbolos do judaismo













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