“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Kaunas, Lituânia - Rússia e Países Bálticos 2013

Fomos de Vilnius a Kaunas de trem, há vários horários e a viagem dura cerca de uma hora. Não tivemos problemas nem nos táxis nem na estação, a comunicação foi fácil e honesta. Além de ser a segunda maior cidade do país é a cidade natal do meu sogro e esse era o maior motivo para querermos conhecê-la.


Vilnius II, Lituânia - Rússia e Países Bálticos 2013

Próximo a Praça da Câmara Municipal fica o Santuário da Divina Misericórdia com uma imagem de Cristo que correu o mundo e conseguiu sobreviver ao período soviético.

Santuário da Divina Misericórdia

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Vilnius I, Lituânia - Rússia e Países Bálticos 2013

A Lituânia foi o último país pagão da Europa o que acarretou na sua primeira invasão pelos cruzados que aqui ficaram por 100 anos tendo sido derrotados em 1410 por um exército formado por lituanos e polacos. Essa união permaneceu por mais de 200 anos e no início dessa época o território lituano ia do Mar Báltico ao Mar Negro, nessa época também foi criada a Universidade de Vilnius. Após governos desastrosos a Rússia dominou toda a região até que em 1795 o Reino Unido da Polônia e Lituânia deixou de existir. Neste primeiro período de dominação russa houve rebeliões, a universidade foi fechada, muitos rebeldes foram deportados e uma russificação ocorreu sendo obrigatório a língua russa e a fé ortodoxa. A Rússia enfraquecida na I Guerra Mundial propiciou a independência da Lituânia e da Polônia, logo após o governo polonês ocupou Vilnius cujos habitantes eram na maioria poloneses e judeus e a capital da Lituânia mudou-se para Kaunas só retornando a Vilnius em 1939. Na II Guerra Mundial o país foi ocupado pelos alemães e sua expressiva população judia foi exterminada, cerca de 200.000 pessoas. Os alemães foram expulsos em 1944 pelos russos que deportaram entre 120.000 a 300.000 lituanos nos primeiros dez anos. A guerrilha lituana continuou até que em 1990 a Lituânia tornou-se o primeiro país da República Soviética a declarar sua independência.

De último país pagão da Europa a Lituânia é hoje o maior país católico do Norte da Europa traduzido nas mais de 400 igrejas de Vilnius, para onde se olha se vê pelo menos uma torre. Se Tallinn é medieval e Riga é Art Noveau, Vilnius é predominantemente barroca. Seu centro histórico é o maior dentre os países bálticos, o de menor população de descendentes russos e o único com uma área residencial.

Vilnius e sua igrejas vista do Campanário da Igreja de S. João

sábado, 27 de julho de 2013

Riga II, Letônia - Rússia e Países Bálticos 2013

A Praça da Câmara Municipal ou Ratlauskums é a principal praça da cidade,tendo ao centro uma estátua de Roland, uma figura lendária medieval e um dos cavaleiros de Carlos Magno.

Praça da Câmara Municipal com a Igreja de S. Pedro ao fundo

Riga I, Letônia - Rússia e Países Bálticos 2013

Saímos de Tallinn em ônibus regular, a viagem foi muito tranquila através de estradas duplicadas, bem asfaltadas, ao redor muito verde e vários lagos, na Letônia as florestas ocupam 40% do território. Como ambos os países pertencem a União Européia a passagem pelas fronteiras ocorre livremente, sem barreiras e sem burocracia.
Riga já era um ponto comercial quando o bispo e cruzado alemão Albert von Buxhoevden construiu aqui sua fortaleza em 1201, prosperando comercialmente e tornando-se membro da Liga Hanseática. Esteve sob domínio polonês-lituano, sueco e russo, foi independente entre as duas guerras mundiais mas sofreu muitos ataques tendo permanecido sob o domínio do exército alemão até que em 1944 passou para domínio soviético no qual permaneceu por seis décadas. Nessa época muitos dos seus habitantes foram deportados ou fugiram e muitos russos vieram, atualmente  isso se traduz em 50% da população atual  de descendentes russos.
Ficamos num hotel, o Radisson Blu, cujo principal atrativo é seu bar e a vista que se tem do centro histórico de Riga,  conhecido por Cidade Velha, na área entre o Rio Daugava e o Canal Pilsetas.

centro histórico de Riga e os reflexos das janelas

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Toompea ou Cidade Alta em Tallinn, Estônia, Rússia e Países Bálticos

           Após estradas esburacadas e de mão dupla na Rússia, após a burocracia e os pernilongos nas fronteiras entre Rússia e Estônia, finalmente encontramos estradas duplicadas, bem asfaltadas e rodeadas por uma densa mata e veio daí o nosso maior presente, uma fêmea alce chegou a estrada e assustada logo voltou para a mata, tempo suficiente para vê-la mas insuficiente para fotografá-la.
Tallinn é a capital mais antiga do norte da Europa, há relatos já em 1154. Em 1219 foi conquistada pela Dinamarca que aqui construiu uma fortaleza na colina de Toompea, dessa ocupação veio seu nome já que "Taani Linnus" significa fortaleza dinamarquesa. Em 1230 chegaram comerciantes alemães que ocuparam a cidade abaixo da colina separando assim a cidade em Alta ou Toompea e Baixa. Em 1347 os dinamarqueses a venderam para os alemães, nessa época prosperou e passou a fazer parte da Liga Hanseática. A maior parte do que se vê hoje reflete essa época mas há também edifícios da fase mais recente de domínio russo que começou em 1710 com Pedro, o Grande e que também resultou em grande parte de cidadãos de descendência russa.
 Atualmente a Estônia faz parte da União Européia e sente-se mais ligada a Finlândia do que aos outros países bálticos. É o país europeu com maior número de pessoas agnósticas e 70% de seu território é ocupado por florestas.  

Tallinn vista de Toompea

terça-feira, 16 de julho de 2013

Palácio de Paulo ou Pavlovsk em São Petersburgo, Rússia - Rússia e Países Bálticos

Pavlovsk foi construído por Catarina, a Grande como um presente para seu único filho Paulo por lhe dar seu primeiro neto. O palácio em forma de semi-círculo com uma estátua de Paulo ao centro, está rodeado por um jardim inglês com uma área de 1500 acres e está a menos de 5 km do Palácio da Catarina.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Palácio de Catarina em São Petersburgo, Rússia - Rússia e Países Bálticos 2013

Este palácio imperial na cidade de Tsarkoe Selo que significa aldeia do czar, ou Pushkin na época soviética,  está a 25 km do centro de São Petersburgo,  foi construído pela czarina Isabel em 1752 e seu nome é em homenagem a sua mãe, Catarina I. Mas foi outra Catarina, a Grande que o remodelou transformando seus ambientes que eram barrocos em neoclássicos. Também é conhecido por Palácio de Verão.

Antes mesmo de chegarmos à sua entrada vimos um Templo Egípcio, uma excelente "boas vindas".


domingo, 14 de julho de 2013

Peterhof em São Petersburgo, Rússia - Rússia e Países Bálticos 2013

Peterhof ou Petrodvorets (Palácio de Pedro) fica  a 30 km do  centro de  São Petersburgo, com vistas para o Golfo da Finlândia no  Mar Báltico. Sua localização tem tudo a ver com o fato que inspirou sua construção, Pedro, o Grande tinha acabado de derrotar os suecos em Poltava e queria um palácio condizente com "o maior dos monarcas". Sua construção começou em 1714, foi inaugurado em 1723 e posteriormente sofreu alterações no mandato de Isabel que adorava o barroco repleto de dourados.


sexta-feira, 12 de julho de 2013

As pontes de São Petersburgo, Rússia - Rússia e Países Bálticos 2013

Numa cidade formada por rios e canais não podem faltar pontes mas as de São Petersburgo possuem também a função de embelezar ainda mais esta cidade já tão linda. São muitas e com motivos diferentes e incomuns. A maneira mais fácil de vê-las é num passeio de barco, muitos são oferecidos e o que fizemos saiu do Canal Griboedov. Aproveitamos pouco do passeio pois a guia falava só em russo e não havia nenhum recurso em outras línguas, uma pena.

Lá mesmo no Griboedov, logo após a Catedral de Kazan fica a Ponte do Banco que recebeu esse nome pois ali ficava o Banco de Transferências. São 4 grifos, figuras imaginárias com corpo de leão e cabeça e asas de águia, aqui suas asas são douradas.




quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ilha de Vasilevskiy e Petrogradskaya, São Petersburgo, Rússia - Rússia e Países Bálticos

Através da Ponte do Tenente Shmidt cruzamos o rio e chegamos a Ilha de Vasilevskiy. Nossa primeira parada foi logo após atravessá-la no edifício da Academia das Artes, hoje além de uma escola de artes também é um museu.

Academia das Artes

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Museu Hermitage em São Petersburgo, Rússia - Rússia e Países Bálticos


O Hermitage começou como uma coleção particular de Catarina, a Grande que construiu um pavilhão anexo ao Palácio de Inverno para abrigar uma coleção de pinturas, chamado de Pequeno Hermitage. Cerca de seis anos após já foi necessária uma outra construção, o Grande Hermitage, posteriormente foi acrescentada uma ala imitando a Galeria de Rafael do Museu do Vaticano. Para apresentações artísticas construíram o Teatro, ligado ao Grande Hermitage por uma galeria sobre o canal. O crescimento das obras levou a construção do Novo Hermitage, o único construído para ser um museu.

Abaixo uma foto da Wikipedia mostrando todo o complexo visto do Rio Neva, da esquerda para a direita temos o Teatro, a ponte sobre o canal de inverno, o Grande Hermitage, o Pequeno Hermitage e o Palácio de Inverno.


A nossa abrange só o Palácio de Inverno e uma parte do Pequeno Hermitage.



segunda-feira, 8 de julho de 2013

domingo, 7 de julho de 2013

Nevskiy Prospekt em São Petersburgo, Rússia - Rússia e Países Bálticos

São Petersburgo foi construída em 1703 por Pedro, o Grande, que queria uma nova capital russa moderna e européia. Inspirado em Amsterdam construiu a nova cidade sobre o brejo, ao redor do Rio Neva, a custa de muitas vidas de prisioneiros de guerra e camponeses, sendo formada por muitos canais e pontes maravilhosas. Em 1712 tornou-se a nova capital e após a morte de Pedro teve seu apogeu no governo de Catarina, a Grande, viúva de Pedro III, neto de Pedro, o Grande. Assim permaneceu por 200 anos até a Revolução Russa que acabou com o império czarista e fez de Moscou novamente a capital russa. Na II Guerra Mundial foi cercada pelo exército alemão por 900 dias, de 1941 a 1944, resistindo ao frio e a fome que matou milhares. Inicialmente chamada de Petergrado teve seu nome mudado para Leningrado na época da Revolução Russa e no final desta um plebiscito deu-lhe seu nome atual. Hoje é Patrimônio da Humanidade e a segunda maior cidade russa.


terça-feira, 2 de julho de 2013

Suzdal, Rússia - Rússia e Países Bálticos 2013

Das cidades que visitamos do Anel de Ouro esta é a mais bonita, bucólica e agradável. Construída ao redor do Rio Kamenka no início do séc. XI consegue reunir nos seus nove quilômetros quadrados 5 mosteiros e 30 igrejas. É um belo exemplo de uma cidade medieval russa com seu kremlin protegendo a cidade e seus conventos. Interessante saber que o Kremlin de Moscou, que originou a cidade, foi construído para proteger o principado de Rostov e Suzdal. Afastada das vias férreas conseguiu se manter inalterada, escapando das indústrias e dos prédios cinzentos do período bolchevique. Passear pela cidade é andar por um museu a céu aberto, para qualquer lado que se olha se vêem cúpulas, torres e campanários.

kremlin de Suzdal